Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Wikileaks: Mais da Metade dos Presos de Guantânamo São Inocentes!

 E a ONU, faz o que???
Direitos Humanos??? Blah!

Os jornais El País,The New York Times e Washington Post publicam em seus sites na noite deste domingo (24/04) uma série de documentos secretos que revelam informações detalhadas sobre a base militar norte-americana de Guantánamo. Os três veículos falam das fichas de 759 dos 779 presos que passaram pela prisão.

As fichas com data entre 2002 e 2009, revelam que o governo dos Estados Unidos usou a prisão de Guantánamo ilegalmente para obter informação de seus reclusos, independentemente do fato de serem suspeitos ou não.

Informam também parte dos 150 dos prisioneiros eram afegãos e paquistaneses inocentes, incluindo motoristas, agricultores e cozinheiros, que foram detidos durante operações de inteligência em zonas de guerra. Os documentos revelam ainda que 130 dos 172 prisioneiros que deixaram a base de Guantánamo eram considerados "de alto risco" e uma ameaça para os Estados Unidos e seus aliados. Porém, eles foram libertados sem terem sido reabilitados ou com a supervisão necessária.

O El País cita como exemplo de presos inocentes o diretor de escola sudanês Al Rachid Raheem, o afegão Mahngur Alijan que estava pedindo carona para comprar remédios e o iraniano Bajtiar Bamari, que vivia no Afeganistão na época em que os EUA procuravam Osama Bin Laden. Bajtiar Bamari passou dois anos presos na base militar, mesmo sem ter vínculos com a Al Qaeda ou com o Talebã.

"759 relatórios secretos revelam os abusos em Guantánamo. Os documentos mostram que a principal finalidade da prisão foi explorar todas as informações dos presos, apesar da reconhecida inocência de muitos deles. 60% foram levados para a base militar sem ser uma ameaça provável", escreveu o jornal espanhol.

O El País cita ainda o caso de um homem de 89 anos preso em Guantánamo. Ele sofria de demência senil, artrite e depressão. Foi detido porque os soldados encontraram um telefone no complexo de casas onde ele vivia que continha números de pessoas "suspeitas" de ligação com o Talebã. O idoso não sabia de quem era o telefone, tampouco sabia manusear o aparelho. Tempos depois, as autoridades concordaram que ele não sabia de nada e que não oferecia perigo.

Com base nos documentos, o jornal concluiu que o pressuposto de inocência não existe em Guantánamo. O prisioneiro é que precisa demonstrar que não é terrorista, nem talebã. Não havia provas contra o afegão Yamatollah Abdul, por exemplo, mas ele é suspeito porque "quando pressionado para explicar sua história em detalhes ele não colabora". "É evasivo e reticente em reconhecer certas coisas", consta em uma ficha.

De acordo com as fichas, os EUA criaram na prisão de Guantánamo "um sistema policial e penal sem garantias no qual só importavam duas questões: quanta informação se obteria dos presos, embora fossem inocentes, e se podiam ser perigosos no futuro”.

A estratégia era privar o preso de liberdade ainda que ele não tivesse cometido nenhum delito ou crime de guerra. Assim, se soubesse de algo, de alguma relação de seus familiares com o terrorismo, revelaria às autoridades.

Crítica oficial

Após a divulgação dos documentos pelos jornais, o Departamento de Estado e o Pentágono lamentaram o vazamento na noite de domingo por meio de comunicado.

"É triste que várias organizações midiáticas tenham tomado a decisão de publicar vários documentos obtidos de forma ilegal pelo Wikileaks relacionados com o centro de detenção de Guantánamo", afirmou o governo norte-americano.

"Esses documentos contêm informação confidencial sobre detidos atuais e passados de Guantánamo e condenamos categoricamente o vazamento desta informação sensível", ressaltou o comunicado. 


Opinião dO Cachete:
Como se eu não soubesse...

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)