Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Bob Fernandes - Debate de Pré-candidatos do PSDB

Fonte: Jornal da Gazeta

Opinião dO Cachete:

Isso é um Debate ou uma reunião da Máfia?

Não, esse não é um noticiário policial... 

Luiz Cartaxo - Justiça Para a Justiça

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Luiz Cartaxo
A opinião pública julga falcatruas dos governantes e parlamentares. Há indignação com vícios do nosso sistema político. O abuso do poder econômico deteriora as escolhas eleitorais, fragilizando a democracia representativa.

Essa realidade tem adubado o debate da Reforma Política, com reflexões acerca dos infortúnios e mazelas que permeiam os interesses privados na esfera pública. Dentre os poderes da república, a justiça sempre resistiu a claridade do olhar público. Os labirintos dos tribunais ainda são inacessíveis ao povo e o que acontece em seus umbrais são coisas, muitas vezes, nebulosas, cheirando a negociações espúrias e danosas.

A ministra Eliane Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem rasgado o véu do silêncio e denunciado a existência de esquemas de corrupção, chegando a cunhar um conceito peculiar para designar o fenômeno: bandido togado.

A resistência corporativa tenta encobrir os pecados que dilaceram a credibilidade da justiça. O CNJ tem sido a única instância de controle sobre o comportamento criminoso de juízes, com o mínimo de isenção, mas ainda com poucos recursos de punibilidade. A ousadia de tentar fazer cumprir o seu papel, identificando juízes e esquemas de corrupção, despertou a insurreição das forças medievais que dominam o Poder Judiciário. Descaradamente, tentam destruir a instância de controle e contenção das irregularidades e do jogo impune de propinas e interesses que transformam parte da justiça brasileira num balcão de negociatas.

Até a Igreja se curvou diante dos desvios éticos e morais dos seus servos de Deus. A pedofilia que recai sobre o manto sagrado da batina não são mais ocultadas. A Igreja se modernizou e já respira os ares do século XXI, punindo seus erros. O Judiciário quer pairar acima do bem e do mal; não quer que se faça justiça sobre os escândalos que rondam os tribunais, transformando agentes de justiça em mafiosos de toga. O manto preto da impunidade dos juízes e seus esquemas organizados de enriquecimento ilícito, talvez seja o lado mais obscuro a comprometer a saúde da democracia brasileira.

Há quadrilhas atuando sob a sombra da toga e o tráfico de influência contamina todos os poderes. É comum a venalidade do juízo jurídico, o jogo de chantagem e o enriquecimento ilícito do crime organizado de colarinho branco. Isso faz desabar e destruir a justiça brasileira, minando as bases institucionais da sociedade democrática que se quer implantar e consolidar.

Devemos lamentar que parte da justiça brasileira atue de mãos dadas com o crime organizado, vivendo em feudos intocáveis e sendo remunerada com salários de sultão. Dizem que aplicam golpes sem pudores, com a desenvoltura de gatos noturnos em sua larapia arrogância, crentes na impunidade eterna. Devemos fortalecer e democratizar o CNJ, antes que a máfia destrua suas células éticas.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Renato de La Rocha: Os Novos Ditadores

Renato de La Rocha
Caros amigos e amigas.
 
Vou fazer uma pergunta, depois darei a resposta:
 
Por quê os "novos ditadores" militares do Egito não desejam largar o poder para os civis?
 
Creio, com muita convicção, que a resposta da pergunta acima não é conhecida nem por 0,5% da população brasileira. E você, sabe?
Como é do conhecimento de todos, os novos ditadores do Egito, apoiados pelos EUA, não querem saber de largar do poder para os civis, mesmo que para isso tenham que usar de toda a truculência contra o povo. Os protestos populares voltaram às ruas e as mortes dos protestantes também, sendo que, apenas nesta semana, foram 40 vítimas fatais. Porém, ao contrário dos alardes que a grande imprensa faz contra a repressão dos protestos na Síria, no Egito não conta, porque o Egito é "aliado" dos EUA e de Israel.
 
Agora, os EUA estão numa "sinuca de bico". Como sair desta nova embrulhada, afinal, o ditador deposto também era outro grande aliado dos EUA. Ninguém pode negar que a "primavera árabe" pegou os EUA com as calças na mão, pois, apesar de ter espiões espalhados pelo mundo afora e vigiar a tudo e a todos, estes não conseguiram prever nada.
Porém, para a tranquilidade dos judeus, os EUA se empenham ao máximo para que o Egito seja um "aliado".
 
A tal da "primavera árabe" no Egito apenas trocou o antigo ditador por uma "junta" de novos ditadores, que decidiu nomear como "1º ministro" o mesmo que fora ministro do antigo ditador, ou seja, a "primavera árabe" aconteceu apenas na imprensa, pois o povo egípcio continuará sendo submetido aos interesses dos EUA.
 
Mas o que deixa, de fato, os novos ditadores egípcios "agarrados ao poder" é a grana que os EUA dão para o exército do Egito - uma mixaria de OITOCENTOS MILHÕES DE DÓLARES AO ANO. Esta é a resposta da pergunta inicial.
Os EUA retiraram a sua contribuição de 60 milhões de dólares ao ano para a UNESCO em "protesto" pela aceitação da Palestina, mas despejam caminhões de dinheiro para corromper e manter o Egito como aliado dos judeus. 
Outro "pequeno" grande detalhe - o exército egípcio é o 10º maior exército do mundo e é vizinho dos judeus, detalhe que faz os EUA forçar a barra para que o "comando" seja obediente a eles.

domingo, 27 de novembro de 2011

Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino



Senador Agripino Maia Voou em Helicóptero Pago Pelo Esquema de Kassab

"Estou passado!"
Nós não, Senador!

Apertem os cintos de segurança: vai ser um fim de semana turbulento, diria Bette Davis.

Conversei com um familiar de João Faustino que me contou o seguinte: Faustino revelou que Agripino Maia conhecia o esquema de arrecadação de dinheiro efetuado pelo seu suplente.
Segundo Faustino, o helicóptero usado pelo senador e a então candidata Rosalba Ciarlini durante a campanha foi pago com o dinheiro do esquema. Com a palavra, o senador e a governadora!
A Operação Sinal Fechado e a prisão de João Faustino repercutiram na coluna Painel, da Folha e na coluna de Maurício Dias na CARTA CAPITAL. Segue o texto da Painel na íntegra:

Conexão potiguar
Alvo de ação do Ministério Público paulista por suspeita de irregularidades na inspeção veicular, Gilberto Kassab é citado também nos autos da operação Sinal Fechado, do Rio Grande do Norte, que resultou anteontem em 12 prisões relacionadas a um esquema bilionário de desvio de recursos no Detran. Lá também a inspeção aparece entre os serviços fraudados.
Em conversas telefônicas de maio deste ano captadas com autorização judicial, o lobista Alcides Fernandes Barbosa, um dos detidos, diz negociar com o prefeito paulistano o afastamento da Controlar, concessionária do serviço na capital, de licitação congênere no RN.
Sabe com quem…
Em um dos telefonemas, quando lhe perguntam se poderia ser identificado como uma pessoa que “tem ligação com Kassab”, Alcides responde: “Não precisa, mas pode dizer que é um cara que já trabalhou com o Kassab quando ele foi secretário do Pitta. E pede que não deixe isso vazar para ninguém”.

…está falando?
Segundo os promotores, Alcides ligou em 25 de maio para o gabinete de Kassab, identificando-se como “a pessoa que tem a concessão da inspeção veicular no Rio Grande do Norte”.
No dia seguinte, o lobista disse a um interlocutor que conseguira falar com o prefeito e que a conversa fora “muito boa”.

Q.I.
Quem viu de perto a articulação que colocou João Faustino, preso na operação Sinal Fechado, na suplência do senador José Agripino (DEM-RN) afirma: José Serra trabalhou intensamente para que isso ocorresse.


Opinião dO Cachete:
Qual a probabilidade desta notícia sair na capa da VEJA? Ou na primeira página da FOLHA? 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Freddie Mercury Vive!!!!

We Will Rock You!!!

UFRPE: Aluna Evangélica Tem Trabalho Rejeitado Por Ter Agradecimento a Deus


A aluna, que é Evangélica, foi orientada a retirar a citação para que o trabalho fosse aceito.
O caso aconteceu em Garanhuns, na Universidade Federal Rural de Pernambuco. 
Uma carta de protesto foi elaborada por um bispo, católico, e por pastores evangélicos, classificando o episódio como intolerância religiosa. 
O documento também cobra uma posição oficial da Universidade Federal.
Depois da carta, a universidade acabou aceitando o agradecimento que a aluna fez a Deus.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Belo Monte: Para Calar o Movimento Gota d'Água

E acabou a discussão!

Belo Monte: Nenhum Índio Será Retirado de Sua Terra!

Obras de acesso ao Sítio Belo Monte. 
Foto: Vageny Santos/Divulgação Norte Energia
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu hoje (22) a viabilidade técnica, econômica e social da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA). No balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2, do qual o empreendimento faz parte, a ministra garantiu que o governo está acompanhando o cumprimento das “condicionantes” impostas pelo Ibama para execução da obra.
“Não há nenhum índio ou pessoa da comunidade indígena sendo retirada de suas terras. Não será alagado o Parque Nacional do Xingu. Nenhum metro quadrado dele. Belo Monte é eficiente e não é cara, se comparada a outras obras. O governo tem convicção da viabilidade técnica, econômica e social da usina de Belo Monte”, disse.
Miriam Belchior afirmou ainda que a hidrelétrica de Belo Monte dará ao Brasil condições para manter limpa e renovável sua matriz energética no momento em que o mundo se prepara para conter os efeitos das mudanças climáticas.

“Nossa matriz tem mais de 80% de energia limpa e renovável. É o nosso diferencial. A média mundial é 18%. E eles já exploraram tudo que tinham para explorar de energia hídrica.”
Fonte: Blog do Planalto 

Opinião dO Cachete:
E agora, Rede Globo? E agora, Movimento Gota D'Àgua?

Comissão da Verdade: O Discurso Que Não Foi Lido

Vera Paiva
Na sexta-feira, durante o ato de assinatura em Brasília, pela presidenta da República Dilma Rousseff, da lei que cria a Comissão da Verdade, estava previsto, entre outros, o pronunciamento de Vera Paiva, filha do ex-deputado socialista Rubens Paiva, assassinado e desaparecido durante a ditadura militar. Ela acabou não falando. Sua participação teria sido cancelada por pressão dos militares. "Assim começa muito mal... Não fui desconvidada, simplesmente não falei!", relata Vera Paiva.
Seguem as anotações da minha fala que foi cancelada, segundo os jornais, por pressão dos militares. Assim começa muito mal... Não fui desconvidada, simplesmente não falei! A minha volta diziam que a Presidenta Dilma tinha que viajar e encurtaram a cerimônia, que alguém tinha falado um tempo a mais. Sai para uma reunião na UNB, ainda emocionada com o carinho que dispensou aos familiares e ex-presos políticos, um a um. Agora entendo o pedido de desculpas da Ministra Maria do Rosário.

Sexta-feira, 18 de Novembro de 2011, 11:00. Palácio do Planalto, Brasília. 

Excelentíssima Sra. Presidenta Dilma, querida ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário. Demais ministros presentes. Senhores representantes do Congresso Nacional, das Forças Armadas. Caríssimos ex-presos políticos e familiares de desaparecidos aqui presentes, tanto tempo nessa luta.

Agradecemos a honra, meu filho João Paiva Avelino e eu, filha e neto de Rubens Paiva, de estarmos aqui presenciando esse momento histórico e, dentre as centenas de famílias de mortos e desaparecidos, de milhares de adolescentes, mulheres e homens presos e torturados durante o regime militar, o privilégio de poder falar. 


Ao enfrentar a verdade sobre esse período, ao impedir que violações contra direitos humanos de qualquer espécie permaneçam sob sigilo, estamos mais perto de enfrentar a herança que ainda assombra a vida cotidiana dos brasileiros. Não falo apenas do cotidiano das famílias marcadas pelo período de exceção. Incontáveis famílias ainda hoje, em 2011, sofrem em todo o Brasil com prisões arbitrárias, seqüestros, humilhação e a tortura. Sem advogado de defesa, sem fiança. Não é isso que está em todos os jornais e na televisão quase todo dia, denunciando, por exemplo, como se deturpa a retomada da cidadania nos morros do Rio de Janeiro? 

Inúmeros dados indicam que especialmente brasileiros mais pobres e mais pretos, ou interpretados como homossexuais, ainda são cotidianamente agredidos sem defesa nas ruas, ou são presos arbitrariamente, sem direito ao respeito, sem garantia de seus direitos mais básicos à não discriminação e à integridade física e moral, que a Declaração dos Direitos Humanos consagrou na ONU depois dos horrores do nazismo em 1948.

Isso tudo continua acontecendo, Excelentíssima Presidenta. Continua acontecendo pela ação de pessoas que desrespeitam sua obrigação constitucional e perpetuam ações herdeiras do estado de exceção que vivemos de modo acirrado de 1964 a 1988.

O respeito aos direitos humanos, o respeito democrático à diferença de opiniões assim como a construção da paz se constrói todo dia e a cada geração! Todos, civis e militares, devemos compromissos com sua sustentação.

Nossa história familiar é uma entre tantas registradas em livros e exposições. Aqui em Brasília a exposição sobre o calvário de Frei Tito pode ser mais uma lição sobre o período que se deve investigar.

Em março deste ano, na inauguração da exposição sobre meu pai no Congresso Nacional, ressaltei que há exatos 40 anos o tínhamos visto pela última vez. Rubens Paiva, que foi um combativo líder estudantil na luta “Pelo Petróleo é Nosso”, depois engenheiro construtor de Brasília, depois deputado eleito pelo povo, cassado e exilado em 1964. Em 1971 era um bem sucedido engenheiro, democrata preocupado com o seu país e pai de 5 filhos. Foi preso em casa quando voltava da praia, feliz por ter jogado vôlei e poder almoçar com sua família em um feriado. Intimado, foi dirigindo seu carro, cujo recibo de entrega dias depois é a única prova de que foi preso. Minha mãe, dedicada mãe de família, foi presa no dia seguinte, com minha irmã de 15 anos. Ficaram dias no DOI-CODI, um dos cenário de horror naqueles tempos. Revi minha irmã com a alma partida e minha mãe esquálida. De quartel em quartel, gabinete em gabinete passou anos a fio tentando encontrá-lo, ou pelo menos ter noticias. Nenhuma notícia. 

Apenas na inauguração da exposição em São Paulo, 40 anos depois, fizemos pela primeira vez um Memorial onde juntamos família e amigos para honrar sua memória. Descobrimos que a data em que cada um de nós decidiu que Rubens Paiva tinha morrido variava muito, meses e anos diferentes...Aceitar que ele tinha sido assassinado, era matá-lo mais uma vez.

Essa cicatriz fica menos dolorida hoje, diante de mais um passo para que nada disso se repita, para que o Brasil consolide sua democracia e um caminho para a paz.

Excelentíssima Presidenta: temos muitas coisas em comum, além das marcas na alma do período de exceção e de sermos mulheres, mãe, funcionária pública. Compartilhamos os direitos humanos como referência ética e para as políticas públicas para o Brasil. Também com 19 anos me envolvi com movimentos de jovens que queriam mudar o pais. Enquanto esperava essa cerimônia começar, preparando o que ia falar, lembrava de como essa mobilização começou. Na diretoria do recém fundado DCE-Livre da USP, Alexandre Vanucci Leme, um dos jovens colegas da USP sacrificados pela ditadura, ajudei a organizar a 1ª mobilização nas ruas desde o AI-5, contra prisões arbitrárias de colegas presos e pela anistia aos presos políticos. Era maio de 1977 e até sermos parados pelas bombas do Coronel Erasmo Dias, andávamos pacificamente pelas ruas do centro, distribuindo uma carta aberta a população cuja palavra de ordem era

HOJE, CONSENTE QUEM CALA.

Acho essa carta absolutamente adequada para expressar nosso desejo hoje, no ato que sanciona a Comissão da Verdade. Para esclarecer de fato o que aconteceu nos chamados anos de chumbo; quem calar consentirá, não é mesmo?

Se a Comissão da Verdade não tiver autonomia e soberania para investigar, e uma grande equipe que a auxilie em seu trabalho, estaremos consentindo. Consentindo, quero ressaltar, seremos cúmplices do sofrimento de milhares de famílias ainda afetadas por essa herança de horror que agora não está apoiada em leis de exceção, mas segue inquestionada nos fatos.

A nossa carta de 1977, publicada na primeira página do jornal o Estado de São Paulo no dia seguinte, expressava a indignação juvenil com a falta de democracia e justiça social, que seguem nos desafiando. O Brasil foi o último país a encerrar o período de escravidão, os recentes dados do IBGE confirmam que continuamos um país rico, mas absurdamente desigual... Hoje somos o último país a, muito timidamente mas com esperança, começar a fazer o que outros países que viveram ditaduras no mesmo período fizeram. Somos cobrados pela ONU, pelos organismos internacionais e até pela Revista Economist, a avançar nesse processo. 

Todos concordam que re-estabelecer a verdade e preservar a memória não é revanchismo, que responsáveis pela barbárie sejam julgadas, com o direito a defesa que os presos políticos nunca tiveram, é fundamental para que os torturadores de hoje não se sintam impunes para impedir a paz e a justiça de todo dia. Chile e Argentina já o fizeram, a África do Sul deu um exemplo magnífico de como enfrentar a verdade e resgatar a memória. Para que anos de chumbo não se repitam, para que cada geração a valorize.

Termino insistindo que a DEMOCRACIA SE CONSTRÓI E RECONSTRÓI A CADA DIA. Deve ser valorizada e reconstruída a CADA GERAÇÃO.

E que hoje, quem cala, consente, mais uma vez.

Obrigada.

***

Depois de saber que fui impedida de falar ontem (sexta-feira), lembro de um texto de meu irmão Marcelo Paiva em sua coluna, dirigida aos militares:

“Vocês pertencem a uma nova geração de generais, almirantes, tenentes-brigadeiros. Eram jovens durante a ditadura (…) Por que não limpar a fama da corporação?
 Não se comparem a eles. Não devem nada a eles, que sujaram o nome das Forças Armadas. Vocês devem seguir uma tradição que nos honra, garantiu a República, o fim da ditadura de Getúlio, depois de combater os nazistas, e que hoje lidera a campanha no Haiti."


Fonte: Carta Maior


Opinião dO Cachete:
Não é à toa que estão chamando esta comissão de comissão da meia verdade...

Artista Joga Strip Poker Para Criticar Sistema Americano

O Sistema te leva até as roupas...

Ator Sacha Baron Cohen Interpretará Freddie Mercury em Cinebiografia

  • O ator Sacha Baron Cohen (à esq) e o cantor Freddie Mercury (à dir.)
    O ator Sacha Baron Cohen (à esq) e o cantor Freddie Mercury (à dir.)

O ator Sacha Baron Cohen, conhecido pelos personagens de comédia Borat e Brüno, está confirmado como o ator que interpretará o vocalista da banda Queen, Freddie Mercury na cinebiografia do artista. O filme ainda não tem nome nem previsão de lançamento, mas os roteiros já começaram a ser escritos neste ano.  
A informação foi confirmada pelo site Deadline Hollywood, que publicou uma entrevista com o produtor Graham King. "Freddie Mercury foi um artista inspirador. Com Sacha no papel principal, o roteiro de Peter (Morgan) e o apoio do Queen nós temos a combinação perfeita para contar a história por trás de seu sucesso" .
Mercury morreu em 24 de novembro de 91 de complicações por causa da AIDS. É a primeira vez que Brian May, Roger Taylor e John Deacon, membros remanescentes da banda, permitem que direitos autorais de suas músicas sejam usados em um filme sobre o grupo. 
Fonte: UOL

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mais "Umas Coisinhas" Sobre Belo Monte

Belo Monte: O Buraco é mais embaixo!

A Globo e os Dois Lados de Belo Monte

 
Globo com Belo Monte

Globo sem Belo Monte


O que a Rede Globo quer é fazer bagunça! 

Com as causas ecológicas, a Rede Globo se comporta como cavalo em desfile militar: "Cagando, andando e os bestas aplaudindo..." Ela quer só uma pontinha para armar o circo...

Vídeo Resposta ao Movimento Gota D'Água

Entendeu agora?

domingo, 20 de novembro de 2011

Estados Unidos - Uma Bela Democracia!

Shame on you!

O policial que aplicou o spray de pimenta nos estudades é o UC Davis Police Lt. John Pike.

Tenente John Pike - (530) 752-3989 - Police Station #
Email: japikeiii@ucdavis.edu

É de dar inveja na polícia militar de São Paulo... 


sábado, 19 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Belo Monte em Números!



Fonte: Blog Belo Monte

Médico é Afastado do Hospital Oswaldo Cruz por Denunciar Colegas

No dia nove de novembro, o Dr. Paulo Roberto Costa Lima, médico urologista e professor da Universidade de Pernambuco, soube que estava sendo "devolvido" à Secretaria de Saúde do Estado. No documento, assinado pelo diretor do Hospital Oswaldo Cruz,  prof. Railton Bezerra, a alegação era de que o médico havia apresentado "incompatibilidade com as normas emanadas da chefia do serviço e de relacionamento com os demais membros", e que, apesar de "todas as tentativas institucionais para sua manutenção no quadro de funcionários", foi determinada a devolução do servidor. Surpreso, o médico que há alguns meses havia denunciado um punhado de práticas irregulares dos colegas, procurou o Blog de Jamildo para tornar pública a constrangedora situação em que se encontra.

De um lado, a possibilidade de trabalhar menos e ganhar, possivelmente, mais. Do outro, centenas de pacientes que dependem dos seus serviços para sobreviverem. Nessa encruzilhada o médico, que não é jovem, optou por tentar manter-se no corre-corre do Hospital.

"Eu não perderia nada indo para a secretaria, iria ganhar até mais. Mas e meus pacientes? Há procedimentos que eu sou o único no Estado que faz, pelo doutorado que fiz, inclusive com verba da própria UPE", contou emocionado o urologista.

Entre as denúncias feitas pelo servidor que levaram ao seu afastamento, estão a queixa de médicos que não cumprem a carga horária prevista no contrato e as denúncias de colegas que deixam seus residentes desassistidos em procedimentos cirúrgicos.
"No serviço público, quem quer trabalhar é prejudicado pelos que não querem. E ao invés de ser aberta uma sindicância ou darem inicio a uma investigação, a resposta das minhas denúncias foi meu afastamento", lamentou.

O Conselho Gestor do Hospital bem que tentou encaminhar à direção as denúncias feitas. Em documento assinado ainda em agosto, três meses antes do afastamento, o Conselho recomendou a abertura de sindicância para que fossem apuradas as irregularidades, porém, como não tem autonomia para tal, não passou da recomendação.

Principal preocupação de Dr. Paulo Roberto, os pacientes já se queixam da falta que faz o afastamento do "Doutor":
"Já estamos sentido essa situação. Além de médico ele é um amigo, é humano. Não entendo, sinceramente, o porquê do afastamento. Não há respaldo algum nos motivos alegados", declarou o paciente Cláudio Henrique.

Caso Lupi - Uma Outra História...

Carlos Lupi
Você tem direito de ter a sua verdade. Para isso você precisa conhecer todas as versões de uma história para escolher a sua. A deles é fácil, é só continuar lendo a VejaO Globo, assistindo ao Jornal Nacional. A nossa vai precisar circular por essa nova e democrática ferramenta que é a internet.
Meu nome é Angela, sou esposa do Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. Sou jornalista e especialista em políticas públicas. Somos casados há 30 anos, temos três filhos e um neto. Resolvi voltar ao texto depois de tantos anos porque a causa é justa e o motivo é nobre. Mostrar a milhares, dezenas ou a uma pessoa que seja como se monta um escândalo no Brasil.
Vamos aos fatos: No dia 3 de novembro a revista Veja envia à assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho algumas perguntas genéricas sobre convênio, ONGS, repasses etc. Guarda essa informação.
Na administração pública existe uma coisa chamada pendência administrativa. O que é isso? São processos que se avolumam em mesas à espera de soluções que dependem de documentos, de comprovações de despesas, prestação de contas etc. Todo órgão público, seja na esfera municipal, estadual ou federal, tem dezenas ou centenas desses.
Como é montado o circo? A revista pega duas pendências administrativas dessas, junta com as respostas da assessoria de imprensa do Ministério dando a impressão de que são muito democráticos e que ouviram a outra parte, o que não é verdade, e paralelamente a isso pegam o depoimento de alguém que não tem nome ou sobrenome, mas diz que pagou propina a alguém da assessoria do ministro.
No dia seguinte toda a mídia nacional espalha e repercute a matéria em todos os noticiários, revistas e jornais. Nada fica provado. O acusador não tem que provar que pagou, mas você tem que provar que não recebeu. Curioso isso, não? O próprio texto da matéria isentava Lupi de qualquer responsabilidade. Ele sequer é citado pelo acusador. Mas a gente não lê os textos, só os títulos e a interpretação, que vêm do estereótipo “político é tudo safado mesmo”.
Dizem que quando as coisas estão ruins podem piorar. E é verdade. Na terça-feira Lupi se reúne na sede do PDT, seu partido político em Brasília para uma coletiva com a imprensa. E é literalmente metralhado não por perguntas, o que seria natural, mas por acusações. Nossa imprensa julga, condena e manda para o pelotão de fuzilamento.
E aí entra em cena a mais imprevisível das criaturas: o ser humano. Enquanto alguns acuados recuam, paralisam, Lupi faz parte de uma minoria que contra-ataca. Explode, desafia. É indelicado com a presidenta e com a população em geral. E solta a frase bomba, manchete do dia seguinte: “Só saio a bala”. O que as pessoas interpretaram como apego ao cargo era a defesa do seu nome. Era um recado com endereço certo e cujos destinatários voltaram com força total.
Era a declaração de uma guerra que ainda não deixou mortos, mas já contabiliza muitos feridos. Em casa, passado o momento de tensão, Lupi percebe o erro, os exageros e na quinta-feira na Comissão de Justiça do Congresso Nacional presta todos os esclarecimentos, apresenta os documentos que provam que o Ministério do Trabalho já havia tomado providências em relação às ONGs que estavam sendo denunciadas e aproveita a oportunidade para admitir que passou do tom e pede desculpas públicas a Presidenta e a população em geral.
A essa altura, a acusação de corrupto já não tinha mais sustentação. Era preciso montar outro escândalo e aí entra a gravação de uma resposta e uma fotografia. A resposta é aquela que é repetida em todos os telejornais. Onde o Lupi diz “não tenho nenhum tipo de relacionamento com o Sr Adair. Fui apresentado a ele em alguns eventos públicos. Nunca andei em aeronave do Sr. Adair”.
Pegam a frase e juntam a ela uma foto do Lupi descendo de uma aeronave com o seu Adair por perto. Pronto. Um novo escândalo está montado. Lupi agora não é mais corrupto, é mentiroso.
Em algum momento, em algum desses telejornais você ouviu a pergunta que foi feita ao Lupi e que originou aquela resposta? Com certeza não. Se alguém pergunta se você conhece o Seu José, porteiro do seu prédio? Você provavelmente responde: claro, conheço. Agora, se alguém pergunta: que tipo de relacionamento você tem com o Seu José? O que você responde? Nenhum, simplesmente o conheço de vista.
Foi essa a pergunta que não é mostrada: que tipo de relacionamento o Sr. tem com o Sr. Adair? Uma pergunta bem capciosa. Enquanto isso, o próprio Sr. Adair garante que a aeronave não era dele, que ele não pagou pela aeronave e que ele simplesmente indicou.
Quando comecei na profissão como estagiária na Tribuna da Imprensa, ouvi de um chefe de reportagem uma frase que nunca esqueci: “Enquanto você não ouvir todos os envolvidos e tiver todas as versões do fato, a matéria não sai. O leitor tem o direito de ler todas as versões de uma história e escolher a dele. Imprensa não julga, informa. Quem julga é o leitor”.
Quero deixar claro que isso não é um discurso para colocar o Lupi como vítima. O Lupi não é vítima de nada. É um adulto plenamente consciente do seu papel nessa história. Ele sabe que é simplesmente o alvo menor que precisa ser abatido para que seja atingido um alvo maior. É briga de cachorro grande.
Tentaram atingir o seu nome como corrupto, mas não conseguiram. Agora é mentiroso, mas também não estão conseguindo, e tenho até medo de imaginar o que vem na sequência.
Para terminar queria deixar alguns recados:
Para os amigos que nos acompanham ou simplesmente conhecidos que observam de longe a maneira como vivemos e educamos os nossos filhos eu queria dizer que podem continuar nos procurando para prestar solidariedade e que serão bem recebidos. Aos que preferem esperar a poeira baixar ou não tocar no assunto, também agradeço. E não fiquem constrangidos se em algum momento acompanhando o noticiário tenham duvidado do Lupi. A coisa é tão bem montada que até a gente começa a duvidar de nós mesmos. Quem passou por tortura psicológica sabe o que é isso. É preciso ser muito forte e coerente com as suas convicções para continuar nessa luta.
Para os companheiros de partido, senadores, deputados, vereadores, lideranças, militantes que nos últimos 30 anos testemunharam o trabalho incansável de um “maluco” que viajava o Brasil inteiro em fins de semana e feriados, filiando gente nova, fazendo reuniões intermináveis, celebrando e cumprindo acordos, respeitado até pelos adversários como um homem de palavra, que manteve o PDT vivo e dentro do cenário nacional como um dos mais importantes partidos políticos da atualidade. Eu peço só uma coisa: justiça.
Aos colegas jornalistas que estão fazendo o seu trabalho, aos que estão aborrecidos com esse cara que parece arrogante e fica desafiando todo mundo, aos que só seguem orientação da editoria sem questionamento, aos que observam e questionam, não importa. A todos vocês eu queria deixar um pensamento: reflexão. Qual é o nosso papel na sociedade?
E a você Lupi, companheiro de uma vida, quero te dizer, como representante desse pequeno nucleozinho que é a nossa família, que nós estamos cansados, indignados e tristes, mas unidos como sempre estivemos. Pode continuar lutando enquanto precisar, não para manter cargo, pois isso é pequeno, mas para manter limpo o seu nome construído em 30 anos de vida pública. E quando estiver muito cansado dessa guerra vai repousar no seu refúgio que não é uma mansão em Angra dos Reis, nem uma fazenda em Goiás, sequer uma casa em Búzios, e sim um pequeno sítio em Magé. Que corrupto é esse? Que país é esse?”.

Renato de La Rocha - Novo Governo Italiano "Negocia" com o Povo


Caros amigos e amigas.
 
Após anos sendo enganado pelo fascista Berlusconi, que destruiu as finanças da Itália,
agora, o novo governo "negocia" com o povo a IMPLEMENTAÇÃO DO ARROCHO que lhe será imposto, conforme receitas dadas pelo FMI e pelo Banco Central Europeu.
 
Vejam as fotos de alguns momentos da "negociação":
 
 
 
Só os alienados italianos não sabem que, agora, é tarde. Chegou a hora de pagar a conta Berlusconi.

Zoya Kosmodemyanskaya - A Guerrilheira Símbolo da Luta Contra o Nazismo

Zoya Kosmodemyanskaya
Zoya Kosmodemyanskaya - Tanya

Zoya Kosmodemyanskaya nasceu no dia 13 de setembro de 1923, na província de Tambov, na União Soviética.
Seu nome é uma referência aos santos Cosme e Damião (Kosma e Demyan, em russo). Aos seis anos, sua família muda-se para a Sibéria, onde Zoya tem uma parte de sua infância em grande contato com a natureza. Aos oito anos, nova mudança. Dessa vez para a capital, Moscou. É lá que Zoya inicia sua formação política, ingressando nas Pioneiras, a organização responsável pelos primeiros ensinamentos socialistas às crianças e jovens de oito a quinze anos. Aos dez anos, seu pai morre precocemente.
Aos quinze anos, é transferida para o Komsomol, a juventude do Partido Comunista. Lá, cumpre com zelo as tarefas que lhe são confiadas, dedicando-se especialmente ao trabalho da alfabetização de adultos. Propõe e aprova em seu coletivo a meta de que cada militante seja responsável pela alfabetização de pelo menos mais 10 pessoas. Dizia que gostava desse trabalho porque a fazia sentir-se mais adulta, mais responsável. Essa responsabilidade também demonstrava em casa, sempre ajudando sua mãe nos serviços do lar e na educação de seu irmão mais novo, Shura. Adorava literatura e história. Seu sonho era ser escritora. Nessa época escreveu em seu diário:
"Respeita-te a ti mesmo; não te superestimes; não sejas incomunicável; não sejas parcial; não andes a clamar que os outros não te respeitam ou te apreciam; trabalha com afinco para te desenvolveres e assim adquirirás maior confiança em ti mesmo"

O trabalho na retaguarda
Os sonhos de Zoya, porém, e os de milhões de jovens em todo o mundo estavam ameaçados. O capitalismo criara o nazismo com o objetivo de aumentar a exploração sobre os trabalhadores em todo o mundo. O principal alvo da fúria nazista era a União Soviética, o seu governo revolucionário. Em 22 de junho de 1941, Zoya ouve pelo rádio o discurso do Molotov, Comissário do Povo para Assuntos Estrangeiros, anunciando a invasão nazista ao território soviético. Como militante do partido, tinha recebido treinamento militar e, no mesmo dia, alista-se nas forças de defesa.
A ataque nazista é cruel e fulminante. Várias cidades são destruídas. Moscou é bombardeada. Zoya participa da defesa da cidade durante os ataques aéreos. Depois, é transferida para a retaguarda, para os campos de batata que alimentam as tropas. Lá, se destaca não apenas na produção como também na luta política, mantendo sempre elevado o moral de seus companheiros de trabalho. Escreve para a mãe:
"Minha adorada mamãe: perdoa-me por não ter escrito ainda. É que me falta o tempo para cartas. Mamãe querida, bem sabes que estamos arrancando batatas, para ajudar o Estado a fazer a colheita ... o trabalho aqui não é nada fácil, mas não te preocupes, quando voltar para Moscou verás como estou bem e feliz."

A Guerrilheira Tanya
Quando termina seu trabalho no campo de batatas, Zoya volta a Moscou. A ameaça nazista, porém, ainda estava presente e cada vez mais próxima da capital. Zoya sabia que tudo de bom que os trabalhadores haviam construído depois do triunfo da Revolução de 1917 corria o risco de cair na mão dos nazistas, os mais reacionários inimigos do povo. Assim que toma conhecimento da situação, não tem dúvida: decide alistar-se como guerrilheira. A partir daí, adota o nome clandestino de Tanya. Antes de partir, diz a sua mãe: "Não te desesperes, mãe. Se me acontecer alguma coisa, não é razão para se desesperar. O Soviete cuidará de ti".
Os guerrilheiros tiveram uma participação decisiva na vitória soviética sobre o fascismo. Enquanto o Exército Vermelho encarava o exército nazista, impedindo seu avanço, os guerrilheiros, compostos principalmente de civis, atacavam a retaguarda do inimigo. Sua missão era causar todo dano material e humano possível. Destruíam mantimentos, armazéns, vias de transporte e comunicação. Preparavam emboscadas e armadilhas. Atuavam à noite. Não permitiam que o inimigo descansasse, obrigando-o a ficar sempre alerta. Agiam como espiões. Forneceram valiosas informações ao Exército Vermelho.
O destacamento guerrilheiro de Zoya foi responsável por vários ataques às tropas invasoras. Uma informação, porém, iria mudar para sempre a história de Zoya. Ela e seus camaradas descobrem que uma pequena cidade nos arredores de Moscou, Petrishevo, fora invadida pelos alemães e transformada em um quartel-general. As casas haviam sido tomadas e os habitantes obrigados a servir aos nazistas. Zoya sabia seu dever. Sabia que as tropas de Hitler não poderiam ter um segundo sequer de descanso, e a idéia de que um povoado inteiro servia de refúgio para os fascistas a enfureceu profundamente. Reúne dois outros guerrilheiros e diz: "Vamos ver que espécie de repouso eles vão ter".
Durante a noite, com grande habilidade, entra em Petrishevo sem ser notada. Alguns minutos depois, vários prédios da cidade estão ardendo em chamas. Zoya só se retira quando tem certeza de que o fogo estava suficientemente alto. Na saída, ainda corta os fios telefônicos, para impedir que os nazistas pudessem pedir socorro.
Apesar da ação bem sucedida, Zoya descobre que os fascistas haviam conseguido apagar o incêndio e que a cidade continuava a servir de quartel para os agressores. Insatisfeita, resolve voltar para terminar seu trabalho. Dessa vez, entra na cidade disfarçada em roupas de homem. Escondidos sobre o casaco e em todas as partes, benzina e fósforos. Conseguiu entrar em um dos prédios, mas havia caído em uma armadilha. Antes que pudesse sacar seu revólver, foi presa pelos alemães.

"Lutem sempre!"
Zoya foi espancada e torturada. Com o corpo e as roupas cobertos de sangue, foi levada à casa do camponês Vasily Kulik, que relatou o que viu:
– Quem é você? – pergunta o tenente-coronel Ruderer, comandante do 332º. regimento nazista.
– Não digo. – respondeu Zoya.
– Foi você que ateou fogo no estábulo na noite de anteontem?
– Sim.
– Qual seu objetivo ao fazer isso?
– Queria destruí-lo.
– Quando atravessou a fronteira?
– Não digo.
– Quem lhe mandou?
– Não digo.
Furioso, o coronel disse:
– Não diz? Em breve dirá.
Zoya foi torturada por mais duas horas. Mas, ao contrário do que pensava o coronel, ela não disse nada. Após as torturas, o camponês Vasily conseguiu convencer um dos guardas a deixá-lo levar um copo d'água para Zoya. Ela perguntou:
– Quantas casas eu queimei?
– Três. – respondeu Vasily.
– Queimei algum alemão?
– Um.
– Que mais?
– Vinte cavalos e o cabo telefônico.
Zoya suspirou. Gostaria de ter causado mais prejuízos. Mas a informação do resultado de seu ataque a reconfortou. Durante o dia seguinte, novas sessões de tortura. Mais uma vez ela não disse nada. Vendo que os interrogatórios eram inúteis, os nazistas decidiram enforcar Zoya em praça pública. Em seu pescoço penduraram uma placa com os dizeres: "Incendiária de lares". Queriam que sua morte servisse de exemplo para os soviéticos. De fato, Zoya haveria de ser tornar um exemplo, porém bem diferente do que os nazistas planejaram.
A forca foi montada na praça central. Embaixo, uma cadeira. Os habitantes de Petrishtshevo foram obrigados a comparecer. Alguns choravam, outros viravam o rosto. Mas os alemães haviam ordenado, até, que fossem tiradas fotografias desse momento. Em cima da cadeira, com a corda no pescoço, Zoya aproveitou-se da espera e iniciou uma vibrante agitação política: "Avante, camaradas! Por que estão tristes? Sejam bravos! Continuem nossa luta. Matem alemães! Queime-os! Envenenem-nos!".
Os nazistas enlouqueceram. Não sabiam o que fazer. A máquina fotográfica foi rapidamente guardada. O carrasco correu para empurrar a cadeira. Zoya ainda gritou: "Lutem sempre! Stálin está conosco!".
Foram suas últimas palavras. Isso aconteceu no dia 5 de dezembro de 1941. Zoya tinha, então, 18 anos. Seu corpo ficou pendurado durante vinte dias. Suas palavras e seu exemplo, porém, correram a União Soviética como um raio. Seguindo o exemplo de Zoya, milhares de jovens alistaram-se como guerrilheiros. Os guerrilheiros faziam da vida dos invasores um inferno. Os soldados de Hitler não podiam descansar. Não podiam dormir. Em qualquer lugar, a qualquer momento, havia um guerrilheiro pronto para atacar. Muitos soldados nazistas enlouqueceram. Milhares foram mortos pelos guerrilheiros.
Em 1º de dezembro de 1942, um ano depois da morte de Zoya e já durante a contra-ofensiva soviética, o jornal Izvestia publicou a seguinte notícia: "No decorrer dos primeiros dias da ofensiva de Rhzev, os soldados do general Povetkin esmagaram várias unidades de tropas alemãs".
Entre essas tropas, completamente destroçado e atemorizado, estava o regimento que havia assassinado Zoya. O glorioso Exército Vermelho havia conseguido vingar a morte de sua heroína.

Homenagens
O silêncio de Zoya ante os nazistas foi tal que mesmo o Exército Vermelho teve dificuldade de identificar quem era a guerrilheira Tanya. Em 16 de fevereiro de 1942, Zoya tornou-se a primeira mulher a receber, postumamente, o título de Heroína da União Soviética. Em 1944, Lev Arnshtam fez um filme sobre sua vida. Foram compostas também peças de teatro e músicas em sua homenagem. Dois asteróides descobertos por astrônomos soviéticos foram batizados com seu nome. Ainda hoje há estátuas de Zoya nas cidades de São Petersburgo (antiga Leningrado), Tambov, Dorokhov e Petrishevo.
Durante a década de 1980, uma das principais militantes da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão, organização que lutava contra a opressão fundamentalista sobre as mulheres daquele país, adotou o nome Zoya como seu nome clandestino. Assim, Zoya Kosmodemyanskaya continua inspirando os revolucionários em todo o mundo.

 Zoya Kosmodemyanskaya sendo levada para a execução
 Zoya Kosmodemyanskaya sendo levada para a execução

pintura da execução de  Zoya Kosmodemyanskaya

Referências:
Santa Rússia. Maurice Hindus. Editorial Calvino. 1944

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FHC - 96 Meses de Governo, 95 Ministros...

No Com Texto Livre

No momento em que se discute a quantidade de trocas de ministros no governo Dilma Rousseff, este blog (Com Texto Livre) foi pesquisar sobre os governos de FHC. Sempre é bom relembrar, não é mesmo?
Pois bem, Fernando Henrique Cardoso ficou 96 meses no poder - (1995/1998 e 1999/202). 
Neste período teve 95 ministros. Precisa dizer mais? Confira todos os nomes que passaram pela Esplanada:

A
Adib Jatene
Ministro da Saúde
Ailton Barcelos Fernandes 
Ministro da Indústria, Comércio e Turismo
Alberto Mendes Cardoso
Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
Alcides José Saldanha (D)
Ministro dos Transportes
Alcides Lopes Tápias
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Alderico Jefferson da Silva Lima (E)
Ministro dos Transportes
Aloysio Nunes
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
e Ministro da Justiça
Antônio de Almendra Freitas Neto
Ministro Extraordinário das Reformas Institucionais
Antônio Anastasia
Ministro do Trabalho
Antônio Kandir
Ministro do Planejamento
Arlindo Porto
Ministro da Agricultura e Abastecimento
Arthur Virgílio Neto
Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência
B
Bresser Pereira
Ministro de Reforma do Estado
e Ministro da Ciência e Tecnologia
C
Caio Cibella de Carvalho
Ministro do Esporte e Turismo
Carlos Albuquerque 
Ministro da Saúde
Carlos Melles
Ministro do Esporte e Turismo
Caspar Erich Stemmer
Ministro da Ciência e Tecnologia
Celso Lafer
Ministério das Relações Exteriores
Cláudia Costin
Ministra da Administração Federal e Reforma do Estado
Clóvis de Barros Carvalho
Ministro-chefe da Casa Civil
e Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil
D
Daniel Andrade Ribeiro de Oliveira
Ministro do Trabalho
Dorothea Werneck 
Ministra da Indústria e Comércio
E
Eduardo Jorge Caldas Pereira
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
Edward Joaquim Amadeo Swaelen
Ministro do Trabalho
Élcio Álvares
Ministro da Defesa
Eliseu Padilha
Ministro dos Transportes
Enio Antônio Marques Pereira
Ministro da Agricultura e Abastecimento
Euclides Scalco
Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência
F
Fernando Bezerra
Ministro da Integração Nacional
Francisco Dornelles
Ministro da Indústria e Comércio
e Ministro do Trabalho
Francisco Luiz Sibut Gomide
Ministro de Minas e Energia
Francisco Turra
Ministério da Agricultura e do Abastecimento
Francisco Weffort
Ministro da Cultura
G
Geraldo Magela da Cruz Quintão
Advogado-Geral da União
e Ministério da Defesa
Gilmar Mendes
Advogado-Geral da União
Gleuber Vieira
Ministro do Exército
Guilherme Gomes Dias
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Gustavo Krause
Ministro do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente
H
Hélio Vitor Ramos Filho
Ministro de Minas e Energia
I
Iris Rezende
Ministro da Justiça
J
João Henrique de Almeida Sousa
Ministro dos Transportes
José Abrão
Ministério do Desenvolvimento Agrário
José Botafogo Gonçalves
Ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
e Ministro do Turismo
José Carlos Carvalho
Ministro do Meio Ambiente
José Carlos Dias
Ministro da Justiça
José Cechin
Ministros da Previdência Social
José Eduardo de Andrade Vieira
Ministro da Agricultura
José Gregori
Ministro da Justiça
José Israel Vargas
Ministro da Ciência e Tecnologia
José de Jesus Filho (E)
Ministro da Justiça
José Jorge de Vasconcelos Lima
Ministro das Minas e Energia
José Otávio Germano
Secretário-Nacional do Esporte

José Serra
Ministro do Planejamento e Orçamento
e Ministro da Saúde
Juarez Martinho Quadros do Nascimento
Ministro das Comunicações
L


Lélio Viana Lobo
Ministro da Aeronáutica
Luciano Barbosa
Ministro da Integração Nacional
Luiz Carlos Mendonça de Barros
Ministro das Comunicações
Luiz Felipe Lampreia
Ministro das Relações Exteriores
M
Pedro Malan
Ministro da Fazenda
Marcus Vinícius Pratini de Moraes
Ministro da Agricultura e Abastecimento
Martus Tavares
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Mauro César Rodrigues Pereira
Ministro da Marinha
Mauro José Miranda Gandra
Ministro da Aeronáutica
Miguel Reale Júnior
Ministro da Justiça
Milton Seligman
Ministro da Justiça
N
Barjas Negri
Ministro da Saúde
Nelson Jobim
Ministro da Justiça
Ney Suassuna
Ministro da Integração Nacional
O
Odacir Klein
Ministro dos Transportes
Orlando Muniz
Ministro do Desenvolvimento Agrário
P
Paulo Jobim Filho
Ministro do Trabalho e Emprego
Paulo Renato Souza
Ministro da Educação
Paulo de Tarso Almeida Paiva
Ministro do Trabalho 
e Ministro do Planejamento
Paulo de Tarso Ramos Ribeiro
Ministro da Justiça
Pedro Parente
Ministro-chefe da Casa Civil
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
e Ministro de Minas e Energia
Pelé
Ministro do Esporte
Pimenta da Veiga
Ministro das Comunicações
R
Rafael Greca
Ministro de Esporte e Turismo
Raimundo Mendes de Brito
Ministro de Minas e Energia
Ramez Tebet
Ministro da Integração Nacional
Raul Jungmann
Ministro do Desenvolvimento Agrário
Renan Calheiros
Ministro da Justiça
Roberto Brant
Ministro da Previdência Social
Rodolpho Tourinho Neto
Ministro de Minas e Energia
Ronaldo Sardenberg
Ministro da Ciência e Tecnologia
S
Sarney Filho
Ministro do Meio Ambiente
Sérgio Gitirana Florêncio Chagasteles (D)
Ministro da Marinha
Sérgio Motta
Ministro das Comunicações
Sérgio Silva do Amaral
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
W
Waldeck Ornelas
Ministro da Previdência Social
Waldemar Nicolau Canellas Junior
Ministro da Marinha
Walter Werner Bräuer
Ministro da Aeronáutica
Washington Thadeu de Mello
Ministro da Agricultura
Z
Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena
Ministro do Exército
Opinião dO Cachete:
Ufa!!!! Cansei... Cansei? Nãããããããooooooo!!!!!!!!!!
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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)