Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Renato de la Rocha - A Grécia e a Crise


Caros amigos e amigas.
 
Desde o início dos anos 80, quando o neoliberalismo ressurgiu na Inglaterra, a Europa e os EUA articularam um sistema financeiro livre de qualquer fiscalização. Deram ao "sistema" total autonomia e liberdade para gerir os seus "negócios", chegando ao ponto de para cada 1 dólar depositado equivaler a até 70 vezes para fins de "empréstimo". No ano de 2008, vimos o "resultado" desta farra com o dinheiro "fantasma". Porém, os governos europeus e o estadunidense não fizeram apenas esta aberração financeira - fizeram o que eles sempre condenaram nos "outros" países, como por exemplo: na economia brasileira - o tal do controle do déficit público. Pois é, enquanto o FMI e outros organismos davam "receitas" para as economias dos outros, a Europa e os EUA faziam a farra com o endividamento público deles até que... até que os EUA, Grécia, Itália, Espanha, Portugal, Islândia e muitos outros não conseguiram mais esconder e protelar os seus déficits públicos. Só nos EUA é de "apenas" 13,5 trilhões de dólares.
Volto a repetir - a Europa está falida e os EUA vão precisar de, no mínimo, 20 anos para recuperar a sua economia, coisa que eu duvido muito por causa do "sistema" deles.
Estimam que, hoje, existam mais de 200 milhões de desempregados nas "regiões afetadas" pelas crises.
Neste contexto, o que desejo ressaltar e sugerir, para quem acredita em alguma religião, para que reze, reze muito para que a Grécia, a bola da vez e murcha, não quebre a sua economia. A Grécia já recebeu um enorme aporte financeiro da comunidade do Euro, o qual, nada resolveu. A Grécia vai precisar de muito, muito mais dinheiro, mas ninguém está disposto a ajudar porque todos estão "apertados". Até o FMI está pedindo ao Brasil e à China para que ajudem a "financiar" a irresponsabilidade grega.
Quem te viu e quem te vê, não é seu FMI? Espero que o governo brasileiro tenha o bom senso de não botar um tostão nas mãos dos gregos, que passaram os últimos 20 anos camuflando os seus balanços contábeis para "esconder" os seus déficits fiscais.
Mas como sempre digo - não há bem que sempre dure e nem mal que nunca acabe, o "falso bem" grego acabou e, agora, se não receber ajuda, vai quebrar, literal e economicamente. E se a Grécia quebrar, certamente, irá ocorrer o chamado "efeito dominó" - cada país irá sofrer sérias consequências e mergulhará a Europa num caos. E como o mundo financeiro está "globalizado", nós, os brasileiros, também iremos sofrer as consequências da irresponsabilidade dos europeus. Por isso eu repito - rezem, rezem muito para que a Grécia não declare falência.
Eu não vou rezar porque, além de não acreditar em nenhuma religião, vejo que, depois de 30 anos de irresponsabilidade fiscal e financeira, não tem "receita econômica" que possa ajudar - os pacientes estão em estado terminal e o mundo deverá se "reacomodar" depois do colapso que, inevitavelmente, vai ocorrer.
 
Renato de la Rocha

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)