Caros amigos e amigas.
Esta é para encerrar a semana (com otimismo).
A Europa, ou melhor definindo, a "zona do euro", nesta semana, recebeu um brinde da Alemanha - ela aprovou no seu parlamento o aumento da sua participação no capital do Banco Central Europeu para segurar a barra dos países endividados. Claro que nesta ação política não está nenhuma "gentileza" ou "bondade", mas sim o medo da Alemanha de se "contaminar" com a irresponsabilidade fiscal e financeira dos seus parceiros do euro, mas mesmo assim, se a Alemanha quisesse ver o circo pegar fogo, deixaria tudo como estava para ver como iria ficar - que seria o caos, porque, dos países que ainda tem grana, ninguém quer "arriscar" e a maioria não tem de onde tirar.
Logo após "aprovada" a resolução, que aumentou o fundo de reserva do banco central europeu, os "fiscais" partiram para a Grécia, que é a "bola da vez", bem murcha e que está em sérios apuros, para analisar as políticas gregas de combate à "crise". Com a velha e superada "cartilha" do FMI, lá estão, na Grécia, os fiscais e irá depender deles um novo aporte de, aproximadamente, 10 bilhões de euros para os gregos "tentarem" sair da crise em que eles mesmos se meteram.
Quanto ao povo grego, para os "fiscais", é apenas um "detalhe", porque o remédio que ele vai receber é muito, muito amargo - redução de salários, milhares de demissões, reduções nas aposentadorias, privatizações, redução dos investimentos, etc, resumindo - a velha receita do FMI - UMA BRUTAL RECESSÃO será imposta à Grécia em troca dos trocos. Aliás, nós, os brasileiros, conhecemos muito bem a tal da "receita" - que foi utilizada para ser aplicada no Brasil durante muitas décadas e em especial durante o desgoverno da turma do PSDB & Cia. E vimos no que deu. Arruinaram o povo e a nação.
Mas voltando para o "povo grego", estou falando mesmo é do "povo" - será que ele irá aceitar a receita do FMI? Esta é a minha grande dúvida neste momento, simplesmente porque ninguém pode prever como o povo grego irá reagir a uma recessão que será imposta a ele - na marra.
Nós, os brasileiros, sempre fomos muito pacíficos e por isso sempre aceitamos "numa boa" as maiores estupidez cometidas pelos nossos governantes. (lembrem-se do "confisco" promovido pelo Collor, que todo o mundo ficou "pelado e beiçudo", mas mesmo assim ninguém protestou). Neste aspecto, tenho a certeza de que os gregos não serão "pacíficos" como foram os brasileiros.
Continuo afirmando - a Alemanha é um dos poucos países da atual Europa, que podemos dizer que é sério na gestão pública. Assim sendo, entendo que o mundo deve agradecer, única e exclusivamente, à "bondade" da Alemanha em tentar salvar a economia grega, porque senão, hoje, a "crise" européia iria ficar muito mais séria do que já é.
Renato de la Rocha
Confesso que estou pensando em escrever sobre a "cartilha" do FMI, mas receio que o tema ficará muito "denso", então, estou adiando.
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