Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Joel Paviotti: A história do Coronel Alfeu de Alcântara. A primeira vítima da Ditadura Militar.

Coronel Alfeu de Alcântara
Essa é pra quem diz que a Ditadura só matou "vagabundo" e "comunista". Alfeu Monteiro, desde 1961, era tenente-coronel e compunha o efetivo do Quartel General da 5ª Zona Aérea, da FAB, situado em Canoas, estado do Rio Grande do Sul.O militar participou ativamente da campanha da Legalidade, encabeçada por Leonel Brizola, que assegurou a posse do presidente eleito João Goulart, contestada, na ocasião, pelos ministros militares.
Liderando oficiais e sargentos, Alfeu impediu que os aviões da base levantassem voo para bombardear a cidade de Porto Alegre, onde o Governador Brizola comandava a resistência.
O ato foi considerado como desobediência ao Estado Maior das forças armadas.
Quando o golpe militar de 1964 foi desencadeado, os militares foram atrás de Alfeu e o executaram a tiros, como forma de vingança e castigo pela desobediência de anos passados.
No mesmo mês do assassinato, foi forjado um processo que absolveu o executor, imputando-lhe legítima defesa. O poder judiciário reconheceu anos depois que o inquérito, processo e julgamento foram fraudados, mas a lei da anistia garantiu a liberdade ao assassino de Alfeu.
O Coronel da Awronautica se recusou a bombardear Porto Alegre, pois não achava certo matar pessoas da própria nação, apenas por que os militares não concordavam com a tomada de posse de Joao Goulart, que inclusive estava garantida em lei.
Alfeu morreu por respeitar as leis e se recusar a derramar sangue inocente.
Texto - @Joel Paviotti 
(Caso queira copiar, por favor colocar os créditos, esse tipo de pesquisa dá bastante trabalho)

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(Joseph Pulitzer)