Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

sábado, 7 de abril de 2012

Jarbas Vasconcelos em Defesa de Demóstenes Torres

O Honesto! Blah!

O SR. DEMÓSTENES TORRES (Bloco/DEM – GO) – Agradeço a V. Exª. 
Concedo a palavra ao ilustre Senador Jarbas Vasconcelos. 

O Sr. Jarbas Vasconcelos (Bloco/PMDB – PE. Com revisão do orador.) – Meu caro Senador Demóstenes, levantei o microfone de aparte, porque, embora houvesse um entendimento para não se apartear V. Exª, e já que foi feito um aparte, eu não poderia deixar de falar. V. Exª foi uma das boas surpresas que encontrei no Senado desde que aqui cheguei – e já vou exercendo o meu mandato há seis anos –, pela sua correção, pela sua coragem cívica, pela sua determinação e pela sua grandeza. V. Exª é uma pessoa de imensa grandeza. Talvez por isso mesmo tenha merecido destaque por parte da imprensa, que, notando seu nome em um inquérito vazado pela Polícia Federal, deu destaque a uma denúncia que não lhe envolve, diz respeito apenas à pessoa a que V. Exª já se referiu na tribuna. Primeiro, Senador, V. Exª foge hoje ao comum, ao tradicional. A classe política hoje, quando é acusada – um Senador, um Deputado Federal ou Estadual, um Vereador, um Prefeito ou um Governador de Estado –, a primeira coisa que faz é dizer que está sendo perseguida pela imprensa. Hoje, dificilmente, uma pessoa faz isto que V. Exª fez: ir à tribuna para esclarecer o assunto. Vossa Excelência informa a esta Casa que tem amizade pessoal com o investigado, não nega – é um gesto de grandeza de V. Exª –, mas isso não significa que tenha qualquer envolvimento ilícito com o acusado, o Sr. Carlos Cachoeira. De forma que V. Exª hoje esclarece – V. Exª não se defende; V. Exª esclarece – não só a seus companheiros, a seus amigos e amigas do Senado da República, como também ao seu Estado e à opinião pública, o que era completamente desnecessário para quem o conhece e sabe da sua correção, da sua altivez. V. Exª não poderia cumprir o papel que cumpre aqui dentro do Senado e fora dele, se tivesse “rabo de palha”. V. Exª faz tudo que faz, porque sua vida é um livro aberto, como V. Exª reafirmou da tribuna. De forma que eram desnecessários os apartes, como este meu, porque eu o conheço e sei que V. Exª representa uma exceção nesse quadro de profunda mediocridade em que vive o Brasil dos dias de hoje. Por isso foi importante ter ido à tribuna. V. Exª pode contar – desnecessário dizer – não só com a minha amizade, mas também, e sobretudo, com a minha admiração e com meu profundo respeito pela sua atuação. 

O SR. DEMÓSTENES TORRES (Bloco/DEM – GO) – Agradeço a V. Exª, Senador Jarbas Vasconcelos.

Opinião dO Cachete:
É nisso no que está se transformando a política brasileira. Um pardieiro de comadres que se defendem mutuamente para sua autopreservação e fazem a festa com dinheiro público. Tudo às nossas custas! Depois da aliança entre PC do B e PSDB em Olinda podemos esperar de tudo, agora! Bando de canalhas!

2 comentários:

Pé de Chumbo disse...

Já faz muito tempo que existe esse "compadrio", Giovani.
Acho que desde a fundação da republica, se não antes mesmo.
Uma vez eleito, o sujeito entra no "clube", e de lá só sai se quiser.
Se não for reeleito, os "colegas" dão um jeito de colocar o amiguinho em algum "cargo de confiança", bem remunerado, é claro, e com influencia em determinados assuntos de interesse do "clube".
Precisamos de uma reforma politica já, e acabar com essa farra de cargos "de confiança", que nada mais é que burlar o concurso público.

Giovani de Morais e Silva disse...

Perfeito, Carlos! Abraço!

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)