Numa produção milionária, com belíssimas imagens, a emissora global levou ao ar, logo depois do dia mundial do meio ambiente e no ambiente da Rio+20, o programa com a reportagem sobre os Enawenê-Nawê. Pena que muitas questões não foram ao ar, como a grande pressão e invasão das madeireiras da região, que criminosamente tem retirado madeira dos seus territórios. Os Enawenê denunciaram a preocupante e humilhante diminuição dos peixes em função da construção de dezenas de pequenas hidrelétricas no curso do rio Juruena. Além disso, por ocasião da definição dos limites do território desse povo, o governo deixou de fora um dos mais importantes rios, o Rio Preto. Por que até hoje não se reviu essa grave violação aos direitos dos Enawenê? Já se passaram 20 anos do bárbaro assassinato de Vicente Cañas Costa, missionário que vivia com os indígenas no estado de Mato Grosso. Com sinal de perfurações e afundamento craniano. O crime ocorreu porque Cañas apoiava a demarcação da terra Enawenê-Nawê e trabalhava pela saúde deste povo. Um julgamento de três dos acusados de participação no assassinato acabou acontecendo em Cuiabá, sem condenação dos acusados. (CIMI)
De: Alice Pires
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