
Neste dia em que fomos às urnas para continuarmos com a mudança do nosso Brasil, gostaria de dar um presente para meus amigos internautas, meu povo, o Povo Vermelho!
Músicas Revolucionárias! Cliquem AQUI!
E aproveitem!!!
Como todos lembram, o Supremo Tribunal Federal (STF) conseguiu, depois de horas, sair da suprema indecisão e mandou, finalmente, aplicar de imediato a Lei da Ficha Limpa, conforme tinham decidido os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com exceção do ministro Marco Aurélio de Mello, uma herança deixada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello.
No julgamento, pontificou, pela habitual impropriedade, o ministro Gilmar Mendes. Por exemplo, Mendes, que está sob suspeita de ter recebido um telefonema com ordem de Serra para tirar de pauta um processo de interesse tucano, disse, na sessão de julgamento do recurso extraordinário de Jader Barbalho, que a Lei de Ficha Limpa era um casuísmo e um oportunismo criado pelo Partido dos Trabalhadores: o relator, José Eduardo Cardoso não apresentou emenda de mudança para os casos de renúncia de mandato parlamentar a fim de evitar a cassção. A previsão consta do projeto de iniciativa popular.
Talvez, o ministro Mendes, não tenha lembrado do informado no horário político do candidato José Serra. O seu vice, Índio da Costa, apresentou-se como responsável pela Lei da Ficha Limpa (presidiu a comissão especial de exame na Câmara). No particular, apropriou-se da iniciativa popular, verdadeiro móvel da mencionada lei, que é moralizante e constitucional: no projeto de iniciativa popular estava previsto o caso de renúncia para escapar à cassação.
Hoje, véspera de eleição, tomo a liberdade de eleger, ad referendum dos leitores deste blog Sem Fronteiras de Terra Magazine, a charge da semana, que está no alto e foi publicada no site Provos Brasil:
http://provosbrasil.blogspot.com/2010/10/ficha-limpa-em-pleno-vigor-por-walter.html
–Wálter Fanganiello Maierovitch–
O presidenciavel José Serra mandou um recado agora há pouco ao governador Eduardo Campos (PSB). Disse que o socialista irá governar melhor Pernambuco, caso o próximo presidente da República seja o tucano, ao invés da candidata petista Dilma Rousseff. "Não fico vendendo espuma. Tenho certeza que ele (Campos) tem certeza de que ficará melhor comigo. Terá todo o meu apoio e minha colaboração", afirmou José Serra. O tucano ainda ressaltou que não irá fazer um governo com discriminação e nem com jogos políticos.
Opinião dO Cachete:
Quem acha que o Governador Eduardo Campos acreditou nele???
Achar um carro com adesivo do Serra aqui em Recife é uma raridade...
Leia abaixo a íntegra do depoimento de Amaury Ribeiro Jr. à Policia Federal no dia 15 de outubro passado. Ele já circula na internet, a partir da publicação pelo site do jornal O Estado de S.Paulo. O jornalista deu outros dois depoimentos mais, ainda não vazados para a imprensa.
Antes, um resumo. Você poderá ler que Ribeiro:
1. trabalhava desde o ano 2000 na compilação de dados sobre as privatizações de FHC, cobranças de propinas e envio de valores para as Ilhas Virgens.
2. começou sua investigação quando trabalhava no jornal O Globo.
3. sua primeira matéria sobre o assunto saiu em 2001 quando estava no Jornal do Brasil.
4. publicou várias matérias posteriormente em 2003, na IstoÉ e que foi processado por Ricardo Sérgio por conta disso.
5. ao final deste ano, parou de publicar matérias sobre o assunto, já pensando em escrever um livro.
6. em maio de 2007 foi trabalhar no Correio Brasiliense, e que no final do mesmo ano, depois de sofrer um atentado, foi transferido para o Estado de Minas, do mesmo grupo.
7. no final deste ano deu-se conta de que um grupo clandestino de inteligência estaria investigando Aécio Neves e aí decidiu investigar este grupo.
8. descobriu, através de fontes próprias, que seria o deputado carioca Marcelo Itagiba o mentor do grupo, a serviço de José Serra.
9. em 2008 resolveu retomar as investigações as privatizações, com foco em Serra.
10. iniciou coleta de documentos sobre pessoas ligadas a Serra e empresas pertencentes a elas.
11. fez várias viagens para São Paulo e Brasília em 2008 e 2009 para realizar suas investigações, sempre custeadas pelo jornal Estado de Minas. Assim como as despesas para a obtenção dos documentos.
12. afastou-se formalmente do jornal em 16 de outubro de 2009, em função de problemas de saúde do pai. Antes, tirou férias de 30 dias.
13. antes de sair, entregou uma cópia dos documentos obtidos para o jornal e deixou outra cópia em seu laptop.
14. em abril de 2010, foi procurado pelo jornalista Luiz Lanzetta, cuja empresa de assessoria trabalhava para a pré-campanha de Dilma Rousseff. Este queria sua ajuda para indicar pessoas para ajudá-lo a descobrir possíveis espiões dentro da campanha de Dilma.
15. indicou o nome de Idalberto Martins, que indicou o de Onésimo Graça.
16. fizeram então uma reunião num restaurante de Brasília.
17. antes dela, no comitê de campanha de Dilma, soube das desavenças entre dois grupos de petistas que disputavam o comando da área de comunicação da campanha.
18. na reunião, não houve acordo financeiro que possibilitasse a contratação de Idalberto e Onésimo para o trabalho de contra-espionagem interna demandado por Lanzetta, que estava acompanhado de Benedito de Oliveira.
19. fizeram outra reunião duas semanas depois, sem que chegassem a um acordo financeiro. E que a partir daí considerou encerrado o assunto.
20. três semanas depois recebeu telefonema de Lanzetta, dizendo que algum dos participantes da reunião havia informado à Veja que eles estariam elaborando um dossiê contra Serra.
21. o jornalista da Veja, Policarpo Júnior, procurado por Amaury, disse-lhe que a informação lhe havia sido passada por um dirigente petista.
22. que pelo que ouviu de Policarpo, ele tinha conhecimento de dados que estavam apenas em seu notebook.
23. declarou que não havia passado o material para ninguém e afirmou que Rui Falcão teria copiado os dados num apart-hotel em Brasília.
24. confirmou que Luiz Lanzetta se afastou da campanha de Dilma depois da matéria da Veja e que sua empresa foi substituída por outra.
25. recorreu aos trabalhos de despachante para conseguir documentos na Junta Comercial para suas investigações.Mas não deu seu nome.
26. nunca foi filiado a partido político, nem foi contratado por nenhuma campanha política.
Em suma, nada que foi relatado no depoimento de Ribeiro Jr. contradiz com as matérias publicadas até aqui por CartaCapital.
Amaury Ribeiro Jr. nunca fez parte de suposto “grupo de inteligência” da campanha de Dilma. E fez suas investigações originalmente para “investigar quem eram os integrantes” do grupo que investigava Aécio. Este é o centro da questão.
Leiam o depoimento na íntegra: pdf
Fonte:
Carta Capital
Celso Marcondes é jornalista, editor do site e diretor de Planejamento de CartaCapital. celso@cartacapital.com.br