Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

sábado, 6 de agosto de 2011

Renato de La Rocha - Dívida Americana

Caros amigos e amigas.

Ontem, uma agência de "avaliação de riscos" dos EUA - Standard & Poor, ou simplesmente, S & P, rebaixou a nota de avaliação de "risco" de AAA para AA+. Isto demonstra que, hoje, os EUA tem menos credibilidade do que a Alemanha, Canadá, Inglaterra e França. E a agência ainda prometeu fazer nova avaliação de acordo com o desempenho da economia.
Vale lembrar que, nesta semana, uma agência chinesa já tinha feito isto.

O que levou a agência a rebaixar a nota dos EUA foi, simplesmente, a sua ENORME DÍVIDA FISCAL e a "incerteza" do seu pagamento. Isso sou como "música" (fúnebre) para os credores.

Só agora foi rebaixada a nota, ou seja, depois de US$ 13,5 trilhões em dívidas. Isto demonstra que nem eles mesmos acreditam mais numa "recuperação" da economia. Aliás, se alguém ainda hoje acredita é por ser otimista (sinônimo de mal informado).

Então, vamos aos fatos:

- até as nações ricas, como os EUA, podem falir, basta que gastem mais do que arrecadam;
- os trilhonários gastos militares (inúteis e improdutivos) continuam "imexíveis", portanto, a sangria nos cofres públicos irá continuar. Apenas um porta-aviões custa o mesmo que uma cidade de 200 mil habitantes gasta por um dia;
- os EUA chegaram ao fundo do poço e agora vão depender ainda mais da "poupança" dos outros para sobreviver;
- com o grau de risco em "baixa", naturalmente, os juros dos empréstimos irão "subir", aumentado mais as despesas;
- com a opção de investir em países "mais seguros", naturalmente, os investidores irão fugir dos EUA,
pois, como todos sabem, investidor tem ojeriza a riscos;
- Com duas guerras em andamento (Iraque e Afeganistão), um exército monstruoso e gastos sem limites, os cofres norte-americanos vão continuar vazios;
- os EUA demonstra, há muitas décadas, que não tem a menor responsabilidade fiscal e que a sua política liberal levou o país à ruína;
- os EUA tem milhares de jovens improdutivos e "aposentados", que foram inutilizados nas duas guerras. Mais despesas "precoces", posto que a maioria tem menos de 30 anos;
- o nível de desemprego é o maior da sua história - aproximadamente - 25 milhões de pessoas, dados não oficiais, mascarados. A "realidade" deve ser pior;
- o nível de investimento vem caindo desde 2007;
- a economia, de acordo com os dados macroeconômicos, hoje, está definida como "estagnada" (crescimento igual a zero);
- o governo para poder "poupar", terá que diminuir os seus gastos e independente de onde irá ocorrer a redução dos gastos, irá ocorrer também a "falta de investimentos". Mais recessão;
- o governo dos EUA, há pouco tempo, gastou verdadeiras fortunas para não deixar falirem a indústria automobilística e os bancos. Deu uma sobrevida para eles, mas com a recessão a caminho, a sobrevida estará em risco também;
- a realidade mundial, hoje, é outra - os EUA, brevemente, irão perder o privilégio internacional de usarem a sua moeda como "padrão" de troca. Países ricos e com grandes poupanças irão criar uma nova moeda padrão, pois o dólar está perdendo a sua "credibilidade". Vale a pena recordar que a OPEP já teve esta "intenção" e só não foi concretizada por causa da Arábia Saudita, aliada incondicional dos EUA, outra ditadura também.

Enquanto tudo isso acontece por lá, cá estou assistindo o império derretendo e isto é BOM DEMAIS.

Renato de la Rocha

Fonte: http://www.reuters.com/article/2011/08/06/usa-downgrade-sp-idUSN1E7741TJ20110806

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