Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

domingo, 2 de setembro de 2012

Joaquim Barbosa: O Herói que Nem Sempre Foi...

POR CLÓVIS GRUNER

Joaquim Barbosa, do STF, virou o novo herói nacional. Ainda esta semana, no Facebook, me deparei com dois 'posts' a tecer elogios ao ministro - em um deles, ele é comparado ao Batman e, claro, ganha de lavada. Em outro, elogia-se sua biografia, de rapaz humilde a jurista reconhecido e fluente em três ou quatro idiomas.
Mas nem sempre foi assim. Quando indicado em 2003, pelo então presidente Lula, os mesmos veículos que hoje colaboram para construir e solidificar sua imagem heroica não cessaram de martelar as muitas razões de sua indicação e, segundo as versões apregoadas à época, elas nada tinham a ver com sua hoje propalada competência jurídica.
Além da acusação velada de que Barbosa apenas preenchia a "cota racial" do judiciário, havia outras, para todos os gostos: Joaquim Barbosa foi acusado de ser petista; de ter sido escolhido pela cor da pele e não pelo mérito; de faltar ao trabalho repetidamente; de deixar os processos amontoarem, inviabilizando a rotina do STF, etc.

Mas, ao que parece, ter sido "duro" com os mensaleiros fez com que este "passado comprometedor" fosse rapidamente apagado e esquecido. E a mesma imprensa e os mesmos jornalistas que o tomaram por Darth Vader, são hoje os responsáveis por sua repentina heroicização. Não sei vocês, mas não me surpreende. 

A matéria do link abaixo, publicada pelo Estadão em 2010, é só uma pequena mostra da agressividade da imprensa brasileira contra Barbosa em tempos outros. Mas, e falo como historiador e ex-jornalista, é também um belíssimo exemplo de como o discurso jornalístico é político e politizado; e de que nossas escolhas e percepções não são neutras, mas orientadas também por estes mesmos discursos. 

Ah! E eu ainda prefiro o Batman: afinal, a jornada do homem morcego foi mais árdua que duas ou três capas dos jornalões e alguns elogios em blogs de direita. E espetáculo por espetáculo, prefiro a DC aos jornalões tupiniquins. Os primeiros são muito mais competentes.

Vejam a matéria do Estadão.



Opinião dO Cachete:
Imprensa comprada e tendenciosa... Povinho esquecido e idiotizado pela imprensa... Estou torcendo pelo início das vendas de passagens para Marte!!!

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)