Cachete - S. M. Antigamente, no Nordeste do Brasil, era assim que se chamava qualquer comprimido para dor.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Família de JK vai à Justiça para protegê-lo de Kassab

Anna Christina Kubitschek Pereira, neta de Juscelino, decidiu levar o prefeito Gilberto Kassab às barras dos tribunais.

Presidente do Memorial JK, monumento assentado em Brasília, a neta do ex-presidente abespinhou-se com uma iniciativa do ‘ex-demo’ Kassab.

O prefeito registrou em 14 de março um novo domínio de internet: www.jk.org.br. Planeja associar as iniciais do ex-presidente ao seu “novo” partido.

Inicialmente, Kassab pretendia dar à sua legenda o nome de PDB (Partido Democrático Brasileiro).

O diabo é que a sigla logo ganhou uma tradução jocosa: “Partido Da Boquinha”. Para fugir da piada, Kassab recorreu à anedota.

Rebatizou sua agremiação de PSD (Partido Social Democrático). E passou a associar a iniciativa a Juscelino Kubistchek.

Como se sabe, PSD era o nome do partido pelo qual JK elegeu-se presidente do Brasil em 1955. Foi extinto depois que a ditadura militar impôs ao país o bipartidarismo.

O repórter Sérgio Roxo informa que a neta de Juscelino enxergou na esperteza de Kassab uma iniciativa tóxica.

Antecipada na véspera pelo repórter Cláudio Humberto, a irritação da família de JK foi despejada numa nota da neta:

“JK é patrimônio do Brasil e dos brasileiros. Seu nome pertence à história da democracia nacional”, escreveu.

Para ela, o nome do avô “não pode ser usado sem o prévio consentimento da família Kubitschek e muito menos sem aprovação do Conselho do Memorial JK”.

Anna Kubitschek deixou claro que leva os lábios ao trombone “em nome da minha família e do Conselho do Memorial, que eu presido”.

Ela acrescenta: “Repudio a maneira inadequada com que o prefeito Gilberto Kassab se apropriou da sigla do meu avô para nominar sua rede social...”

“...Informo ainda que providências legais serão tomadas para coibir este tipo de política que um verdadeiro democrata jamais ousaria praticar”.

Ouvido, Kassab disse que, antes de registrar o domínio de internet, avisou a filha de JK, Maria Estela. Vem a ser tia de Anna Kubitschek.

O prefeito não se deu por achado: “Caso tudo dê certo, nós iríamos depois consultá-la, para ver se a família liberaria a marca”.

Os tempos verbais utilizados pelo prefeito não fazem nexo. “Dê” não orna com “iríamos”.

Ou Kassab diz “caso tudo desse certo” ou troca iríamos por “iremos depois consultar”.

De resto, o uso do vocábulo “marca” não soa delicado. Empresta ao velho Juscelino a aparência de um produto de ocasião.

Um detalhe injeta na pendenga um quê de inusitado. Anna Kubitschek é casada com Paulo Octávio, ex-vice governador na “panetônica” gestão de José Roberto Arruda.

No período em que Arruda foi recolhido a uma cela especial da Polícia Federal, Paulo Octávio chegou a assumir a cadeira de governador do Distrito Federal.

Viu-se, porém, compelido a renunciar ao cargo depois que as denúncias mergulharam Brasília no caos absoluto.

Paulo Octávio recebeu do partido ao qual era filiado o mesmo tratamento dispensado a Arruda.

Ameaçado de expulsão, o marido de Anna Kubitschek antecipou-se ao inevitável, desfiliando-se da legenda.

O nome da agremiação? DEM. A mesma legenda que Kassab abandonou para embrenhar-se na aventura que inclui a apropriação –aparentemente indébita— da sigla JK.

O barulhinho que você ouve ao fundo é o ruído do ex-presidente revirando-se na tumba.

Engolido do Blog do Josias

Opinião dO Cachete:
"Jilberto" Kassab pode até sair do DEM, mas o DEM nunca sairá do Kassab. Ele vai continuar sendo ridículo, maluco e inconsequente!

Um comentário:

Chaban disse...

Aí, são todos farinha do mesmo saco.

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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma."
(Joseph Pulitzer)